segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Nada

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Nada nela é reto
resta o remo, o barco
o arco de suas pernas
penas em um rato

O rito de subir a nado
a rota de sabor do rio
(rói a nossa paciência magra)
um mapa feito à fios

Ele já dizia:
espera,
uma árvore frondosa não cresce
da noite pro dia

Ela rodou e entrou no chão
Chamei deus ou quem valesse
Velei toda decisão
Desci no metrô, linha treze

O que deixei na estação?
Curvilínea, sinuosa, labiríntica,
meandrosa, onírica,
fantasmagórica
Minha pressa nos trilhos, no vão
..
..
..


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