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Num piscar de olhos
uma memória com aquele azul que a distância tem
conduziu-me num leito de esteira
entre o sono e a areia
veloz como um raio
um signo de vento
mostrando os pulmões e as narinas do teu cavalo bandido
o dia do rapto
condensou como um rubi
o cristal da tua íris
o dia em que te vi
hoje essa escrita já morreu
a tinta se apagando
enfraquecendo sob o selo de um anel que eu perdi
afundou
ninguém se foi
a duna que chegou
em uma futura arqueologia dos diálogos
vai ressurgir a figura de um deus
pagão, obviamente
domava os ares
montava um furacão
em um braço carregava o seu escudo
com o outro erguia grave um chifre furado
ao pé da imagem um dente de leão
e breve, um ditado:
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domingo, 4 de setembro de 2016
sábado, 26 de março de 2016
O Âmbar
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No deserto eu vi dentes de cobre
Raios saindo da boca dos nômadas
E o sol
me deu uma constelação nas costas
Tudo isso me caiu sobre os olhos
um cisco como a realidade (ou o contrário)
Foi um deus maior
Generoso como um astro
Com prata nos ombros
e um presente de luz mineral
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No deserto eu vi dentes de cobre
Raios saindo da boca dos nômadas
E o sol
me deu uma constelação nas costas
Tudo isso me caiu sobre os olhos
um cisco como a realidade (ou o contrário)
Foi um deus maior
Generoso como um astro
Com prata nos ombros
e um presente de luz mineral
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